Só quando ouvi o
meu grito “Vai, Brasil” no primeiro jogo, percebi o quanto estava torcendo, não
só pela seleção, mas pelo que ela representa. Sinceramente, nunca fui fã de
futebol, não sei ainda a diferença de impedimento para tiro de meta, continuo
sem saber o que é um jogador volante. Atacante, sei o que é. Antes que alguém
pense que não, conheço e concordo com as manifestações que houve no Brasil,
antes da Copa e as que ainda virão. Entretanto, dizer que a copa foi comprada
(o que provou-se mentira), sempre achei meio forçado. Quando me entristeci pela
coça que a Alemanha deu no Brasil, não foi pelo futebol, mas pelo que ele
representa para o povo brasileiro. Se observarmos com cuidado, o brasileiro não
tem nada, exceto o bom futebol. Esportes não tem nada a ver comigo, entretanto
consigo entender a alegria que o futebol proporciona/proporcionou para gente.
Fui contagiada pela felicidade grátis que tivemos nesse mês. Assim, quando
ouvia o grito “Vai, Brasil!”, gostava de pensar que era pela nosso Brasilzão,
não só pelo futebol. Também acho que o brasileiro deve aprender a votar, exigir
seus direitos e não só participar das manifestações para colocar fotos nas
redes sociais (Penso, inclusive, que alguns brasileiros precisam protestar sem
quebrar o patrimônio alheio, sem tornar as ruas campos de guerra) e sei,
enquanto professora, que um vislumbre da nossa esperança está na educação,
acredito nisso. Porém, ainda estou amargando a derrota do Brasil no Mineirão,
antes, mesmo depois de tantas explicações, que me chamem alienada, permitam-me
mais duas linhas de argumento. O futebol era tudo o que tínhamos. É triste dizer
isso? É. Mas é a verdade. Acreditei que o Brasil seria hexa, queria muito (tô
morrendo de dó do Júlio César). Talvez, tenha me iludido. Achava justíssimo que
o Brasil ganhasse depois de todas as circunstâncias que envolveram a copa, os
superfaturamentos, a má-fé dos políticos etc, etc. E contrário a todas as
perspectivas, a todas as ilusões mortas, a toda desesperança que a política
brasileira proporciona, eu continuo gritando “Vaaaaaaaaaaaai, Brasil!”
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